Boa tarde bloguistas...
Venho por este meio falar na triste realidade de nossa juventude.
Esta juventude vem fazendo suas tarefas diárias e dizem que ficam cansadas, esgotadas. ´
"Já não posso mais" me dizem elas.
Desistem facilmente.
Vou deixar aqui minha história.
Fechem os olhos e imaginem um Mundo sem electricidade, sem água nas casas, sem uma casa com minimo de condições, sem quartos de banho em casas, sem telemóveis, sem computador, Tablets, Mp3, sem carros, bicicletas...
Sem música...
Somente com sonhos, desejos e tarefas.
Aí me encontro eu...
Um preto velho como me chamam ultimamente.
Não tive o que hoje chamam de escola.
Eu era peão na minha terra, era filho de gente pobre mas humilde, aprendiamos os valores na Natureza e com a nossa vida.
Brincavamos com pequenas bolas de futebol feitas de panos e roupas velhas.
Tinhamos na altura um calção e uns chinelos de dedos.
Minha mãe para poder sobreviver vendeu-me a um branco senhor quando ainda tinha 10 anos de idade.
Fui trabalhar para as pedreiras.
Minha comida era uma sardinha e um bocado de pão.
Trabalhava de sol a sol, de manhã à noitinha sem intervalos.
Trabalhava muitas vezes debaixo de chuva e enterrando meus pés em lama fazendo-m cair.
Meu senhor vendo-me caído gritava comigo (Não é tempo de mandriar seu perguiçoso), chicoteava-me sem me dar tempo para explicar.
Muitas vezes ia dormir no chão da cabana sem comer porque meu senhor me castigava.
Meus amigos e meus brinquedos eram as minhas próprias mãos.
Chorava noites sem fim, mas meu senhor nuca teve piedade.
Fiz-me moço e comece a namorar, mais tarde casei e tive um filho.
Meu senhor muitas vezes robaa minha mulher de mim, batia-lhe e aproveitavasse dela.
Meu filho foifeito fazendeiro com apenas 6 anos de idade.
Meu filho tratava dos cavalos do senhor.
Minha mulher fez-se criada de meu senhor.
Numa noite, estava meu filho a brincar com os filhos de meu senhor no rio e sem querer matou o herdeiro do eu senhor.
O meu senhor foi horrorizado até ao rio mas...
Vendo meu filho chorar contando a história, pediu a minha mulher o chicote e chicoteou-o violentamente.
Minha mulher horrorizada meteu-se à frente de nosso filho.
Meu senhor pegou na sua espinguarda e matou minha esposa e meu filho.
Fui a correr em direcção aos gritos de meu filho e vi minha mulher no chão com nosso filho nos braços.
Fugi para a cabana sem me preocupar com os castigos de meu senhor.
Estava de luto e nada mais me importava.
O dia amanheceu cinzento.
Recebemos um visita do Coronel Monte Negro anti inimigo de meu senhor.
Ambos tendo uma grande disussão.
Os homens do Coronel vieram roubar as terras de meu senhor.
Um deles esfaqueou o fiel servo de meu senhor.
Gritando de horror percebi que era um dos filhos de meu senhor.
Para que me iria eu vingar-me se meu filho estaria já vingado?
Vi Coronel a apontar uma espingarda a meu senhor e meti-me em frente de meu senhor.
Ele podia ser muito vil mas não merecia morrer.
Aliás fora ele a cuidar de mim desde os 10 anos e ensnou-me a desenrascar sozinho tinha uma dívida para com ele.
Depois disso não me lembro de mais nada.
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