Um Vampiro muito moderno
A caça inesperada
Estava eu com a minha família num triste recanto, muitas árvores, grande espaço em frente em casa. Só pensava que ali faltava algo…
Uma parte de mim estava perdida e não sabia.
- Beth. Que estás aí a fazer? É meia-noite.
-Estou olhando as estrelas, a lua está linda, brilhante.
Minha prima pegou no seu cigarro e saímos para ir fumar.
Olhamos para o grande espaço em falta, o grande terreno verdejante começou a brilhar, uma sombra branca apareceu, aquele espaço parecia diminuir.
Onde só havia relva, ficou a haver um enorme castelo.
-“Wouw!” Pensei eu.
As luzes do castelo se acenderam e à janela apareceu a sombra de uma jovem lindíssima com cabelos longos.
O meu instinto foi acenar-lhe, àquela distância não esperava ter resposta, mas ela voltou a acenar-me.
Um sorriso branco transpareceu na escuridão e ela desapareceu.
-Aquela era a Lady Victória- informou-me a minha prima. -Muita gente pensa tê-la visto, mas já morreu no século XV. Há quem diga que o castelo é assombrado, quem lá entra simplesmente desaparece.
O castelo amanhã de manhã já cá não estará. Se falares nele irão dizer que estás louca.
Há quem diga que Lady Victória bebe sangue humano para se manter imortal, bela e rejuvenescida e vagueia no castelo.
Mas todos podemos ver Lady Victória, durante o dia, deitada no caixão, na Igreja de S. Cosmos.
A sua beleza está conservada.
Já tentaram queimá-la e quebrá-la mas ela continua intacta.
Quem visita a Igreja a esta hora diz não ver lá o corpo.
Já disseram que deve ser Santa e que realiza os desejos das pessoas.
Vários homens dizem ouvi-la cantar nos seus mais belos sonhos e oferecem-lhe uma das suas ovelhas para ela se alimentar como se de uma Deusa se tratasse, muitos homens sacrificam, por ela alguns membros da sua família.
-Érica! Porque me contas tais coisas?
-Lady Beth. Já é altura de saberes, antes da morte de seu pai pela sua mãe que virou um monstro, nós juramos protege-la princesa.
Nós somos caçadores de sombras.
Matamos esses sugadores de sangue, que aparecem aqui de vez em quando.
Já tem 18 anos, precisa de flores de alho, tome este colar com o crucifixo que seu pai lhe deixou e todas as noites tome banho com esta água da Igreja.
Mantenha-se longe do castelo.
“A curiosidade é grande, ainda por cima quando nos negam algo” pensei eu.
Algo me chama até lá.
Sinto que está lá algo que me completa. Lady Victória conhece-me e de certo minha prima estará a esconder-me alguma coisa.
Eu não sabia que minha mãe tinha matado meu pai, eu lembro-me dela ir apanhar flores num dia cinzento, escuro por sinal, para trazer para casa.
“é para dar alegria à casa meu bem”- dissera-me ela.
Quando chegou a casa sangrava.
A empregada foi chamar o doutor, que dissera que minha mãe foi mordida por um animal.
Meu pai estava a trabalhar, quando recebeu a carta do médico a dar a notícia, meu pai pegou no cavalo e cavalgou preocupado até casa.
Quando ele entrou em casa, dirigiu-se ao quarto, algo lhe saltou à garganta.
Meu pai caiu ao chão exangue.
Nunca mais vi minha mãe, meu pai morreu e desde de então fui criada com a minha prima.
Érica tem sido meu porto de abrigo, meu refúgio.
Aquele castelo brilhava ao longe, convidando-me a entrar.
Fui para a cama intrigada, minha vida parecia um filme de terror antigo.
Na noite seguinte fui a um bar divertir-me um pouco.
Toda a gente aqui é estranha.
Têm olhos brilhantes, dentes brancos e afiados, comendo carne muito pouco passada e bebendo algum licor vermelho.
Vi quem parecia ser Lady Victória me sorrindo.
-Eu prometo-te que se vieres ao meu castelo ninguém te fará mal.
Curiosa como eu sou, combinei ir ter com ela na noite seguinte.
Claro que teria de fugir da minha prima que me seguia para quase todo o lado.
Na noite seguinte vesti meu vestido de estilo gothico vermelho e preto, meu cabelo estava preso com um rabo de cavalo, meus brincos eram pequenos e brilhantes, tirei meu colar.
Se minha prima tinha razão e Lady Victória era uma vampira seria uma ofensa ir a sua residência provoca-la.
Lady Victória acolheu-me muito bem em sua casa. O Hall era enorme, um enorme salão onde dava para receber muitas pessoas e fazer grandes bailes ao fundo havia uma enorme escada em caracol feitas em madeira.
Pediram-me para subir até ao banheiro e tomar um banho quente de espuma e esperava-me um enorme quarto com uma cama onde caberiam à vontade 5 pessoas, com lençóis em cetim.
Vesti um vestido lindo que me tinham deixado e ia-me dirigir à sala de jantar.
O castelo era enorme, parecia um labirinto, não me lembrava de andar num castelo desde os meus 6 anos de idade, a altura em que “perdi os meus pais”.
A casa da minha prima Érica era pequena, modesta, aconchegante, havia muito amor, não tinha que me queixar.
Mas no castelo perdia-me.
Por engano entrei no quarto errado e encontrei…
-Wow!
Um homem lindo, escultural, estava de tronco nu, tinhas olhos azuis, cabelo preto despenteado, aparentavas ter os teus 24 anos.
-Ai! Desculpa! – disse eu meia embaraçada –estava a caminho da sala de jantar e entrei no quarto de um anjo.
-Ei calma! Anjo? A sala de jantar é lá em baixo. Eu chamo-me Érick e tu?
-Beth. – respondi-lhe sorrindo.
Meus olhos percorreram aquele tronco nu.
Os olhos dele seguiram os meus, ele sorriu-me.
-Podes-te sentar. Vamos juntos até lá.
Aceitei de imediato.
Sentei-me na cama dele, enquanto ele vestia uma t-shirt branca que lhe fazia transparecer os músculos.
Sem dar por ela, e sem dar conta dos meus actos, estavamos aos beijos.
Estava debaixoo dele, literalmente.
Sua barba roçava minha face.
Lady Victória apanhou-nos naquela situação.
"Que vergonha!" pensei eu.
-Érick! Tem maneiras! Hoje não! Eu prometi à Beth que ninguém lhe faria mal se ela viesse cá!
"Não faria mal nenhum! Até preferia ser devorada por este tigre antes da interrupção" pensei eu ainda sentada.
Ele recompôs-se.
E eu afastei-me.
-Desculpe Lady Victória, fui eu que me enganei no quarto- tentei desculpar-me de uma forma patética, pois procurava algo para comer e não algo delicioso para saciar outros desejos.
-Beth, não foste tu a culpada, disso tenho a certeza.
Enquanto caminhavamos aquela atracção foi-se quebrando, deu-me uma espécie de sono mas ainda continuava com muita fome.
Então comi um grande banquete na sala de jantar.
A sala tinha uma mesa comprida que dava sensívelmente para 40 pessoas, estava repleto de velas, com um candeeiro que ficava a meio da sala, que seria do século XIII, o teto parecia o fundo de um barco, haviam 4 pilares que compunham a sala.
Adorei a noite, despedi-me de tão bons hospedeiros.
Cheguei a casa da minha prima intrigada.
"Eles não são maus!" "Não podem ser" - pensei eu.
Rúben estava à janela vendo-me chegar.
-Beth! Estás bem?
-Estou Rúben. Porquê?
Segui os olhos dele, vi que se direccionavam para o meu pescoço e depois os seus olhos descairam para baixo.
-Eu estou bem. -disse eu e desviando os olhos dele para os meus, antes que me chateasse assério.
-Podias não te lembrar. Eles têm esse efeito nas pessoas.
Lembrei-me de sentir uma atracção repentina por Érick e por-me debaixo dele mesmo sem o conhecer. Eu não sou assim... não é assim que se comporta uma princesa.
Fui para o meu quarto.
Érica estava a preparar as suas armas para caçar vampiros.
Ia começar uma guerra mesmo à minha frente, e eu não podia evitar.
Érica chegou a casa com arranhões, andou pela vasta vegetação e não conseguiu entrar no castelo.
"Graças a Deus"- pensei eu, fossem o que fossem não mereciam uma oportunidade? Eles podem não magoar as pessoas.
Eu já estive lá com eles e nada aconteceu.
Decerto que a guerra aos meus doces hospedeiros estava declarada.
Fugi de casa da minha prima, fugi para a vasta vegetação deixando uma carta à minha prima.
Querida Érica
Não sei porque estás a fazer isto a pessoas que mal conheces.
Desculpa! Eu desobedeci-te, fui ao castelo e acho que lhes pertenço.
Meu coração ficou com Lord Érick, é um princípe encantador.
Eles não merecem sofrer por causa de mitos urbanos e espectulações, tu és mais forte que isso.
Eu amo-te minha prima e agradeço tudo que fizes-te por mim, mas penso que será hora de me deixares partir...
O único crime daquela família foi roubarem-me o coração.
Não os censures por isso...
Beijinhos
Beth
Assim fugi para o castelo, uma certeza eu tinha, eles não me iriam fazer mal, lady Victória prometera-me.
Vi as gárgulas a entrar no grande portão, empurrando-me com suas grandes garras, para dentro.
Aquele maravilhoso castelo estava todo modificado.
Escuro, sombrio, cheio de velas e nas paredes repletos de caixões.
O que parecia um castelo de princesas, saído de um conto de fadas tinha virado uma casa mortuária, pior que a mansão do conde Drácula das histórias de terror que minha mãe me contava.
Fui até à janela, está enoblado, não se via nada para fora.
Uma certeza eu tinha: Já não estava em casa.
Érick apareceu vestido de negro, com um sorriso irresistível, moviasse como um felino, tudo indicava perigo, não conseguia gritar, não conseguia resistir, acabei por o beijar outra vez, seus dentes roçaram minha pele e não me lembro de mais nada. Até hoje.
50 anos depois
50 anos se passaram penso eu
Lembro-me de acordar num caixão.
-Eu não estou morta - reclamei comigo própria.
Estava faminta, meus sentidos estavam mais apurados, meus olhos viam na densa escuridão distinguindo até a mais pequena partícula de pó, meus ouvidos ouviam o que vinha do andar de baixo distinguindo todas as vozes na perfeição, minha pele estava dura, gelada.
-Boa noite, meu amor. -disse-me Érick.
O olhar dele fez-me tremer.
Olhou-me como se me tivesse ganho numa batalha, como se fosse o seu troféu.
O seu sorriso era diabólico com os caninos expostos, a sua voz era hipnotisante, grossa e serena.
Ele caminhou até mim calmamente.
Eu depressa me pus de pé e lancei-me para a porta querendo fugir mas ele depressa me alcançou-
-Não me faças mal- implorei, ouvindo pela primeira vez a minha voz modificada, parecia o canto da sereia
-Claro que não, princesa Beth - disse-me ele beijando-me a mão- nossas mãos estavam na mesma temperatura, agora que me ia lembrando, no primeiro dia que ele tocou minha pele o seu toque era gelado, doce como se não me quisesse quebrar.
Disse-me para me arranjar que tinhamos uma reunião na sala de jantar.
-Mete-te bem apetecível - avisou-me ele olhando-me com ironia e desejo no olhar.
Na sala de jantar estavam reunidos os maiores vampiros da história.
-Lady Beth- saudou-me Conde Drácula.-está encantadora esta noite.
Agradeci-lhe a cortesia mas sabia que lhe iria de servir de jantar um dia.
Na reunião falaram-se de vários temas como a sobrevivência dos vampiros, os desejos de um recém criado, a sua força em batalha e a sua facilidade em morrer e em se distrair, a união entre espécies, a alimentação, as mudanças que tinham que fazer, a descrição.
Pediram-me que fosse estudar para Austrália, que ia ter que me habituar aos novos costumes, às roupas, aos penteados e à maneira de falar.
Érick seria meu irmão ou companheiro perante a minha nova vida.
"Ora bolas, tinha chegado o momento, ia ser o jantar deles alí mesmo, a reunião era para me preparem"
Érick parece que me leu a mente, abraçou-me por trás e beijou-me a orelha, sorrindo-me ao ouvido.
Ninguém se mexeu até ao final da reunião.
-A imortalidade fica-lhe bem- despediu-se o Conde.
Aí caiu-me a ficha, eu era um deles.
-Desculpa Beth,- falou-me lady Victória- deves estar faminta, fecha os olhos e toma este copo, tens de te alimentar.
Peguei no copo, claro que já sabia o que era aquilo mas gostei da sua atitude.
-Obrigada.
-Agora somos irmãs... Meu irmão escolheu-te.
Depois comemos carne mal passada.
-Érick tenho que ir ver a minha família.
-Beth, tens a creteza que é mesmo isso que tu queres? Passou muito tempo e tu estás igual...
-Raios! Que me fizeste?
-Cumpri o sonho de muitas miúdas em ti... Dei-te a imortalidade e a juventude eterna. E dou-te todo o meu amor se me aceitares...
Não lhe respondi.
-Quanto tempo passou?
-Humm! O tempo para mim é relativo mas acho que foram 60 anos. É pelo aspecto da tua prima e do fim dos Caçadores de Vampiros.
-Nossa! Que se passa com ela?
-Está numa casa de repouso, se quiseres podes ir vê-la.
-É seguro?
-Sim. Ela tem Alzaimer.
Toda a minha família tinha morrido podia visitá-los ao cemitério mas Érica tinha resistido.
-Ó minha doce Érica, continuas ser uma guerreira! Quero ir ter com ela hoje, por favor.
Érica estava deitada numa cama de hospital esperando a morte.
-Desculpa Érica- disse-lhe eu apertando a mão dela.
-Tua mão está gelada - disse ela tremendo- Quem és tu?
-Sou a Beth. A tua prima. Ó meu amor não esperava um final assim, tu tinhas razão e eu não ouvi, quem me dera poder fazer algo por ti.
-Não te conheço... - sua voz desvanesceu. O Alzaimer levou a melhor.
"É melhor assim" pensei eu.
Beijei-lhe a testa como se fosse uma despedida.
Érick esperava-me à porta com uma reação preocupada, teria medo que eu perdesse o controlo?
Ia visitá-la todos os dias até que acabei por perdê-la, a única pessoa que me restava.
Virei-me para Érick.
- Onde está o Rúben? Foi o único que não vi no cemitério, que não está com a minha prima, ele está vivo?
-Queres a verdade?
-Se poder ser agradeço...
- Beth ele ama-te, depois de fugires, esse palhaço leu a carta que era para a tua prima, correu até ao castelo querendo resgatar-te a todo o custo...
Uma das nossas gárgolas apanhou-o e o fez gritar.
A minha irmã levou-o para dentro e fez-lo falar.
Ele disse que te queria, que te ama, que te ia recuperar a todo o custo, que te via todas as noites a dormir e só não te tomou para ele porque te respeitava e criou-te como irmã.
Disse que me matava para que ficasses com ele.
Agora é o brinquedinho de roer da minha irmã.
O sangue que tomaste no primeiro dia é dele e das torturas que tem.
Depois deste tempo todo ele ainda resiste ...
-Eu quero vê-lo...
-Não Beth! Não te permiterei. Tu ama-lo também?
Pensei um pouco e não sabia essa resposta, só sei que o amava como irmão e protector nunca o vi de outra maneira.
Espererei até chegar ao castelo para falar com Lady Victória.
Este mundo é muito diferente do meu tempo: existem barcos modernos, hiates, jactos, carros, motas, tecnologias e novas formas de comunicar.
Minhas colegas de escolas só falavam que não conseguiam viver sem o Wi-Fi e sem o Facebook.
Eu dizia-lhes que não sabia viver sem Érick.
Elas riram-se de minha resposta.
Tenho que os conhecer, parecem ser interessantes, e também não me vou fazer de parva.
Depressa descobri o que era quando me apresentaram o computador.
As cartas e os telegramas deixaram de existir.
Já não se usavam penas, agora existem lápis e canetas.
Vêem-se poucos animais na rua, trocaram os retratos pelas fotografias.
-Érick, nós não aparecemos aqui no novo Mundo pois não? A gente não tem alma como terá reflexo e aparecer nas fotografias?
-Meu amor, nós temos a arte da manipulação, rapidez, agilidade e compelimos pessoas e máquinas. Tem calma.
Andei uns tempos para me habituar ao ambiente, aos costumes, às guerras.
Tudo era novo.
Conseguia cheirar e prever acidentes e incêndios, conseguia ler a mente humana, cada gesto era previsível.
Conseguia cheirar o sangue das pessoas e diagnosticar doenças.
Novos tempos e crise alimentar vampirica, novas doenças humanas estavam a evoluir e a ficar mais resistentes.
Fazia voluntariado num banco de sangue, com o diagnostico do sangue poderiamos alimentar sem problemas.
Novos conhecimentos e novas maneiras de se matar um vampiro.
Dá para ver no Google.
Mataram quase todos os vampiros, os mais famosos: O conde Drácula conhecido como o arrebata corações, Carmília a vampira lésbica, a Lady Victória com o seu canto angelical.
Pedi a Érick para visitar o castelo, não iria só por Rúben mas por Lady Victória.
Eles tinham sido descobertos, incendiaram o castelo, não existia nada, nem sinal deles.
Senti algo que nunca pensei sentir: Ódio, Raiva, Fúria.
Eu queimava por todos os lados.
Passei a ser muito territorial, todos os meus instintos estavam à flor da pele.
Não era apenas uma questão de sobrevivência, mas de justiça, vingança, derrubamento de sangue.
Minha missão era acabar com todos os hunters "todo o tipo de caçadores".
Tinha uma missão: conquistar, separar, morder e despedaçar.
Compelia homens e mulheres para realizar todos os objectivos.
Depois desta caçada de 150 anos voltei ao meu caixão para descançar.
Meu caixão ficou no cemitério, era um local sombrio, calmo.
Passaram-se mais 50 anos, fugimos para Nova York, muito povoada com discotecas atoladas, podia comer metade da população que ninguém ia perceber.
Quando começassem a perceber iria para a China.
Num bar escuro de Nova York avistei um rosto angelical, familiar.
-Érick meu filho! - falou aquele anjo - Minha Beth querida há quanto tempo.
-Mãe! Estás viva?
Aquilo não fazia sentido, ela era minha mãe, eu não tinha irmãos, eu tinha perdido toda a gente.
Agora tenho...
Minha mãe... Viva!
-Mãe, trouxe-te minha noiva. -Disse Érick entusiasmado.
Como poderiamos? Acabei de saber que somos irmãos. Não entendo nada.
-Fabuloso querido.
Fugi dali, estava perdida.
Encontrei Victor, um rapaz lindo muito perto da morte, estava desnorteado.
Ele tem que ser meu.- pensei eu.
Era altura de encontrar um novo amor, recomeçar a viver, aproveitar o resto da eternidade, confiar em mim mesma e ser feliz.
Sou lady Beth.
Vagueio por aí sozinha, olho, quero e conquisto.
Victor devolveu-me metade da humanidade, quando estou com ele entrego-me de completo, sinto a chama do amor, ele dá sentido à eternidade.
Pensava que seria impossível mas...
Tive com ele uma morceguinha linda "Beatrix".
Ela é tudo o que podia desejar: ter uma família e a repreender com as novas tecnologias.
Para falar a verdade há coisas que não aprenderei.
Eu sou a lenda e sou história...
FIM
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